Moinh'e vent'II
Um dia era noite.
Do dia que dia fora,
noite noite se pôs.
E dia noite ficou.
Cego de noite
e cego de mim:
não te vi.
Em vão errei
Foi noite cerrada.
Dias com dias de noite.
Tantos que nem sei.
E se por essa noit’errei:
não ignoro porquê:
sei que soube q’um dia
noite dia seria.
Errei.
E de tão errante:
acertei.
E uma noit'era dia.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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Uma dança de palavras, sem horas para dançar.
ResponderEliminarL.B.