Busco-me.
Não encontro.
Sigo sendo
esse alguém
dentro d’algo:
eu?
O quê?
(Trevas, nevoeiro.)
Sempre e sempre
seguindo e sendo:
esse eu;
que me pedem,
que m’exigem,
que não sei afinal.
(Escuridão maldita.)
E um dia,
de tanto caminhar,
por montes caminhar,
à chuva caminhar…
Ai nesse dia.
Nesse dia:
vejo-te.
Procuravas-te.
Encontro-te.
vês-te
És.
Sou.
Tu.
Eu.
E a ti logo me dei;
e tu deste-me mim.
E a mim tu te deste;
e eu dei-te ti.
Agora sabemos,
tu e eu.
Sei quem sou
sabendo quem és.
Sabes que és
sabendo que sou.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
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