sexta-feira, 24 de maio de 2013

Arequipas II

Pela porta da picanteria
vejo imagens que passam.
São imagens,
não são gente.

Ilusões,
não carros ou rafeiros;
imagens que olho,
entre tudo que não vejo.
Ideias que sinto,
que faço,
entre tudo que é
sem que para mim seja.

Pela porta da picanteria,
enquanto espero
o tempo
que não vejo,
o eu que sinto:
imagem de mim,
não eu.
Apenas o que sinto.
Ilusões
com que d'eus
faço mim.

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