Ontem experienciei que a arte não é tão importante pela interpretação do seu autor como pela que que faz quem a vê, ouve ou lê. Fazemos quadros, sinfonias ou livros da nossa vida, a partir de quadros, livros ou sinfonias que outros criaram.
Será que também é assim nas conversas que temos uns com os outros? Nas impressões que trocamos? Nos conselhos que pedimos e damos?
Se assim é: desaparece a ideia de emissor e receptor, transformando-se este em emissor do que ele próprio recepciona. E o que vem de fora mais não é do que estímulo ou energia para que digamos a nós o que nos queremos dizer. Assim como o vento que não mói a farinha nem navega no mar. Assim como as pilhas num rádio que não falam nem cantam.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
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Muito bem pensado e escrito.
ResponderEliminarHá que ser humilde na aprendizagem e saber ouvir os mestres, mas não devemos nunca descurar o nosso próprio saber interior, aquele que vem de eras passadas e que chegou até nós por via de milénios de evolução.
Pressionados por tanta formatação exterior, não é fácil, porém, ao indivíduo encontrar e libertar em si esse conhecimento.
Deste modo, fazer jus à máxima de que "o mais interessante numa discussão não é tanto o descobrir a opinião do outro quanto a nossa própria opinião", pode não ser uma acção tão egoísta assim.
... aqui cheguei pela mão de uma peruana - Yvonne Ydrogo - imagine-se!
ResponderEliminarMas o importante é que cheguei...
Bem-vinda, Teresa. Bem-vindo, Tiago.
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