sábado, 6 de abril de 2013

Profetas do que já está.

Há pessoas que discutem soluções para Portugal, como se não existisse debate ideológico. Prescrevem, como se o sistema fosse, ou devesse ser, imutável: aonde vamos não se lhes afigura  discutível, o que advogam é a otimização desta via.
Para eles, discutir as grandes opções é uma perda de tempo, um enfado. Dizem-se pragmáticos, gente de ação e, no limite caricatural, mandam-nos vender pipocas. 
Não, ao contrário do que querem parecer, não são pragmáticos. São políticos, são ideólogos da situação. Travestidos de tecnocratas, eles são profetas do que já está.

LN

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