Já passou,
(o passado).
Nada a fazer.
Não chegou (amanhã).
E hoje é ontem.
Não há que fugir,
nem que ficar.
Mover é ilusão:
finitos somos,
d’infinitos habitantes.
Tudo que é,
já não foi.
O que foi, foi.
Grandes hoje;
amanhã, nada.
Somos pó, merda.
E viva ou morta,
outros nós
tal merda será.
Luís Novais
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