quarta-feira, 12 de junho de 2013

ROSAS SÃO, SENHOR

Já passou,
(o passado).
Nada a fazer.
Não chegou (amanhã).
E hoje é ontem.
Não há que fugir,
nem que ficar.
Mover é ilusão:
finitos somos,
d’infinitos habitantes.

Tudo que é,
já não foi.
O que foi, foi.
Grandes hoje;
amanhã, nada.
Somos pó, merda.
E viva ou morta,
outros nós
tal merda será.

Luís Novais

Sem comentários:

Enviar um comentário