Nada a descobrir:
de mundo nada,
d’universo nem mapa,
o corpo sabido, todo.
Nada!
Nada tido nad’achado.
Ser imenso.
“Come do fruto que te faz saber”,
a sereia cantante.
“Anuncio-te”,
o arcanjo flamante.
Parto que parte.
Tu és tu,
passaste-me.
Eu, eu.
Já não eu-tu,
sequer tu-eu, nós.
Perdidos em mar d’eus:
Somos, já o sabemos.
Mundo Desencanto,
letras sem palavra.
Desconecto!
Corpo sem matéria:
Eu.
Bojadores, tormentas
sentidas, não vistas.
Lançados a mar nada.
Não cremos ideia, não.
Queremos eu,
sem que sejamos.
Somos “eu”,
sem que queiramos.
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