Às imagens todos as
vimos: o exterior do estádio, um pai, dois filhos e um avô. Enquanto o primeiro
dá água ao mais novo e, aparentemente, o sossega, o RobotCop aproxima-se. Ao
mesmo tempo, dentro e fora do dito Estádio, alguns adeptos destroem o que lhes
aparece à frente. O pai continua a dar água ao mais novo, o avô assiste e o filho
mais velho também. Fora desta cena, os vândalos continuam a fazer o que sabem
fazer: vandalizam. E o pai a dar água ao filho. O polícia insiste com uma ordem
qualquer, que o seu papel é dar ordens a quem dá de beber aos filhos, coisa bem
menos arriscada do que pôr os vândalos na ordem. O pai parece alterar-se e
argumenta ou insulta, não sabemos. O herói fardado não tem mais que enfiar-lhe
um murro direto na cara. O avô revolta-se e leva com mais dois ou três.
Seguem-se os guarda-costas do fardado, outros RobotCops, que isto não basta ter
arma e cacete, é preciso quem o proteja, principalmente se destarte podem afastar-se da bem mais árdua tarefa de controlar vândalos.
Não gosto de futebol, não
tenho clube, nem me emociono por ver 11 tipos a lutar por uma esfera. Para mais,
tenho na memória péssimas imagens de selvajaria e hooliganismo ligadas ao
desporto dito rei, que até parece ser republica o país mas reinado a bola.
Sempre pensei que um estádio era um lugar perigoso e impróprio para levar um
filho. Perigoso, ainda que, felizmente, bem policiado… até ver estas imagens, e
perceber que afinal o hooligan usa farda, está armado e tem treino pago por
todos nós.
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