AMOR DE QUEM FAZ POESIA.
Amor de quem faz poesia,
(Ah!) perene cousa é:
para não menos c’hua vida.
De voltas e revoltas é’vida,
sempre sabemos quantas houve.
Mas em sabendo dessas havidas:
nunca agouramos as que hão-de.
Amor de quem faz poesia,
(Ah!) sofrida cousa é:
dura quase meia vida.
Às voltas sabemos começo.
Jamais o seu finar prevemos.
Algua razão povo terá:
“Nem dous desta vida som dias”
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