Mim e si
Olho pela janela e vejo-a.
Ver-me-á? Ver-se-á?
A ponte não é.
Olho pelo espelho e vejo-me.
Ver-me-ei? Serei?
Devolvam-me a ponte!
Liberte-se o mim de mim.
Atendem-me: a ponte é.
Inda não a cruzei.
Mim e si em cada lado.
Grito coragem: "À ponte!"
Atravesso-a e já não sou.
Nem mim nem si,
nem ponte nem chão.
Olho pela janela e vejo-a.
Ver-me-á? Ver-se-á?
A ponte não é.
Olho pelo espelho e vejo-me.
Ver-me-ei? Serei?
Devolvam-me a ponte!
Liberte-se o mim de mim.
Atendem-me: a ponte é.
Inda não a cruzei.
Mim e si em cada lado.
Grito coragem: "À ponte!"
Atravesso-a e já não sou.
Nem mim nem si,
nem ponte nem chão.
Na travessia de uma ponte fica o que se deixa, avista-se o que há-de vir... e pode já não se ser... ou então encontra-se.
ResponderEliminar