despegando.
Dedo seco,
voz eterna:
“Vem comigo,
tenho máquina que buscas”
Queria máquina de não ser,
de não pensar,
de não sentir.
Máquina cria,
essa de não ser.
Vejo-a.
Seu dedo é caminho,
sua voz liberdade.
“Vem comigo,
Tenho máquina que buscas”.
Pudera ir:
voar sem pensar,
sentimento não sentido.
Livre de tudo,
livre de livre.
O seu cheiro é terra, vida;
sua voz é estar.
Mas apegam-me.
E quero máquina que o seja:
onde possa entrar,
de onde possa sair.
Cobarde!
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