quinta-feira, 14 de março de 2013

Ser não ser


Escrevo.
É meu fazer.
Meu mar, meu ser.
Vejo e sinto e escrevo.
Nada mais.
Sei que sofro, pelo sentir;
sinto, pelo ver;
não sofro, pelo escrever.
Se escrevo,
sonhos vejo.
E se sou pelo que sinto,
se sinto pelo que vejo,
se escrevo para não sentir,
se a escrita é ver:
em letras me sou,
em letras me torno.
Sendo, não sou.

Portugal e o diálogo Sul-Sul


 

O último relatório sobre desenvolvimento humano das Nações Unidas, apresenta dados muito interessantes, pelo que traduzem das alterações que estão em processo na ordem mundial.

Entre outras, dou relevo à integração comercial sul-sul que é cada vez mais notória.

Quem vive na Europa, talvez não tenha consciência da importância que, presentemente, os austrais dão a esse diálogo, que materializam em organizações como a Cimeira Peru – Países Árabes, ou a Iniciativa de Desenvolvimento Trilateral Índia Brasil e África do Sul (IBSA), entre muitas outras.

Ao mesmo tempo, surgem diversas organizações de integração regional. Só na América do Sul, temos o Mercosul, a Comunidade Andina das Nações, o Arco do Pacífico Latino-americano e, sobretudo, a UNASUR; esta última coordenando grandes obras públicas tendentes à integração económica do continente. Uma estratégia que, refira-se, tem os olhos voltados para Ocidente e Oriente, uma vez que liga o Atlântico com o Pacífico.

A par do esforço privado, estas iniciativas estão a dar frutos e a libertar o sul da excessiva dependência económica do norte. Segundo o referido relatório, de 1980 a 2011, as trocas comerciais entre países enquadrados no conceito de sul, cresceram de 8% para 27%. No mesmo período, esta proporção entre os do norte, baixou de 46% para 27%. Ou seja, o crescimento do norte está cada vez mais dependente do sul e do sul cada vez mais dependente de si mesmo.

Estes números deveriam originar uma profunda reflexão em Portugal. A adesão à Comunidade Económica Europeia em 1986, criou uma ilusão nortenha nos portugueses. Com uma economia tardiamente saída do modelo colonial e tendo um tecido empresarial ainda habituado à proteção corporativista, a entrada na Europa foi vista como um oásis, capaz de integrar o país numa grande zona económica e de o fazer entrar sem esforço num modelo capitalista e liberal com pendente social. Infelizmente, a par com o próprio modelo e com a quebra da sua parte social, o oásis transformou-se numa miragem.  

Mais do que seguir respeitosamente uma cartilha económica que lhe está a ser imposta, Portugal deveria refletir sobre a sua própria História e sobre o papel que pode e quer ter no mundo. Subitamente, ser o país europeu mais próximo do sul, poderá deixar de ser periférica posição, para se transformar numa das centralidades do novo diálogo: o diálogo sul-norte, que se imporá porque, obviamente, um sul em expansão económica e cultural, exigirá diálogo onde anteriormente havia imposição e arrogância.

Afastarmo-nos politicamente do norte e aproximarmo-nos do sul, é uma opção que poderá fazer a quadratura do círculo: liga-nos ao norte porque nos liga ao sul e liga-nos ao sul porque nos liga ao norte.

Já aqui defendi: soltar o nó górdio da União Europeia e aproximarmo-nos politica e economicamente do Brasil e de Angola, será talvez a única forma de estarmos bem na Europa.


Luís Novais

quinta-feira, 7 de março de 2013

Na Morte de Hugo Chavez



Não podemos dizer que em Portugal se tira aos pequenos para dar aos grandes e depois criticar Chavez por fazer o inverso. Esperava-se que esses grandes não reagissem? Não, não se esperava e reagiram de forma brutal. Mas a paráfrase impõe-se: “Aguentam? Ai aguentam aguentam”.

Morreu Hugo Chavez. Alvo de controvérsias em vida, a morte não o poupa.

Nesta sociedade pós-moderna, em que se constrói a verdade a partir da palavra infinitamente repetida, convém talvez analisar a História como ela foi.

Eleito Presidente pela primeira vez em 1999, Chavez foi um homem com coragem para inverter toda a lógica do sistema económico em que vivemos: em vez de utilizar os recursos do país para garantir ganhos a uma classe de grandes empresários parasitários da riqueza nacional, distribuiu essa mesma riqueza por uma população que vivia miseravelmente. Em resultado, ao mesmo tempo que os ganhos dos 10% mais ricos diminuíam, baixava a taxa de pobreza de todo o país. "Judas foi o primeiro capitalista", ouvi-lhe uma vez.

Há quem o critique por esta opção. Há quem diga que os pobres estão a ser subsidiados e que assim não querem trabalhar. Muitos dos que o dizem, são os mesmos que deixaram de ter negócios facilitados pelo Estado e, subsidiado por subsidiado, prefiro os mais necessitados do que esses outros: os que iam de jato privado depositar em Miami um dinheiro extraído da Venezuela com a facilidade dos que traficam influência. Esses mesmos que, ainda por cima, são os primeiros a bater no peito contra o Estado, pelo liberalismo e pela concorrência.

Não podemos dizer que em Portugal se tira aos pequenos para dar aos grandes e depois criticar Chavez por fazer o inverso. Esperava-se que esses grandes não reagissem? Não, não se esperava e reagiram de forma brutal. Mas a paráfrase impõe-se: “Aguentam? Ai aguentam aguentam”.

No rol de controvérsias, outros reconhecem a Chavez o alcance social, mas criticam-no por ditador.

Esquecem-se de que foi eleito quatro vezes em escrutínios cuja veracidade democrática não é contestada (o último dos quais bastante renhido). Que alterou uma constituição anacrónica, mas pela via mais democrática possível: um referendo em que teve 71% de votos favoráveis. Que teve de enfrentar contestação na rua e não a reprimiu. Que sofreu um golpe de Estado (esse sim anti-democrático), apoiado pela CIA e provavelmente por Aznar. Quem não tem memória do famoso porqué no te callas, com que o monarca espanhol procurou calar-lhe esta denúncia? Um golpe que, diga-se também, foi fortemente apoiado pelas televisões privadas venezuelanas que ele, em resposta, silenciou. As mesmíssimas televisões, dos mesmíssimos grupos económicos, que depois tentaram aparecer como vítimas.

No plano internacional, ao mesmo tempo que alguns líderes europeus andavam de beijos e abraços a George Bush e apoiavam a maior mentira do século, Chavez denunciava a morte de civis no Afeganistão e no Iraque, por responsabilidade criminal desse outro presidente que, agora sim, fora eleito de forma mais do que suspeitosa. Picarescamente, chegou a chamar-lhe diabo e a denunciar-lhe um alegado odor a enxofre que não sei se é ou não verídico, porque tenho a felicidade de nunca ter estado perto do sinistro personagem.

O homem que acaba de morrer teve coragem para enfrentar alguns dos poderes internos que são responsáveis pelo que a Venezuela teve e tem de pior. E sobrou-lhe coragem também para enfrentar alguns dos poderes externos que são responsáveis pelo que o mundo teve e tem de pior. Impediu que uns poucos ganhassem o que era e é de um povo; impediu que, em Washington, umas tantas cabeças tratassem a Venezuela como se haviam habituado a tratar a América Latina no seu todo.

Não teve falhas? Caramba, claro que sim. Desconfio que se considerava providencial, ainda que estejamos a falar duma região em que o caudilhismo tem fortes raízes históricas. E falhou, isso sim, na vertente da segurança interna: a Venezuela é, hoje, um país com mais insegurança civil do que aquela que tinha antes da sua chegada ao poder.

Isto não lhe retira um saldo que vejo claramente positivo. A Venezuela que Hugo Chavez nos deixou é um país com mais justiça social e, nos dias que correm, esse é um grande feito.

Por tudo isto, não tenho qualquer dúvida de que o homem que acaba de morrer conquistou a pulso um lugar na imortalidade dos que, ao contrário dele próprio, são agnósticos: a História.


Luís Novais

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Uma Carta Sobre a Guiné-Bissau

Crianças numa tabanca da Guiné-Bissau
Em Agosto de 2008 estava eu em Portugal, recém chegado da Guiné Bissau.
Acabara de receber missiva dum amigo português que por lá conheci. Estava amargado, ele, crítico do funcionamento do Estado local.
Hoje, andei a fazer algumas arrumações no meu programa de email e deparei-me com a minha resposta. Deu para notar que já me rondava na cabeça o personagem Jaquité, esse guineense emigrado para o imaginário país Ocidental Praia de "O Heróico Major Fangueira Fagundes".
Sem cometer inconfidência relativamente ao destinatário original, resolvi partilhar.


Jaquité, personagem deste livro,
 já me rondava na cabeça
Caro XXXXX

Compreendo o desespero de quem tem de lidar com o Governo local e esse é o teu caso. Mas eu vejo as coisas por outro lado. E o que vejo são os benefícios inerentes a uma sociedade que vive sem Estado. Uma sociedade que consegue auto-organizar-se sem intervenção estatal.
O Estado é a parte que não lhes está no gene cultural. A colonização foi muito tardia e só ficou terminada em 1936, quando Portugal declarou a posse e colonização efectiva de todo o território. Para trás ficaram quinhentos anos dum ténue domínio da faixa costeira. E a atestar quão ténue, está o facto de até 1941 a capital não estar sequer no continente, mas em Bolama.
Em 1959 é criado o PAIGCV e estala a guerra.
Ou seja: em quinhentos anos de presença portuguesa só houve 23 anos de colonização efectiva sem guerra.
O que concluir? Que o modelo europeu de Estado centralizado não teve tempo de se impor e é artificial. E também que o modelo local é o da tribo e da tabanca.
Se esqueceres as relações com o Estado. Se esqueceres os ministros e os Directores-gerais. Se esqueceres os tribunais e o parlamento. Enfim, se esqueceres os 4 ou 5% da população que domina este aparelho de Estado (e que coloniza a restante população): vais ao encontro da tabanca. E acredita, se o fizeres ficarás surpreendido: a coisa funciona! Não funciona nos nossos moldes ocidentais, é certo. Mas funciona à sua maneira. Funciona como jamais nós conseguiríamos que funcionasse aqui se tivessemos o Estado (ou a falta dele) que eles têm.
E não me refiro à tabanca rural nem a qualquer espécie de mito do “bom selvagem”. Refiro-me também a essa, mas refiro-me sobretudo à tabanca sub-urbana. Essa tabanca que cá se chamaria bairro de lata ou favela no Brasil. Eu entrei aí. Dois brancos no que aparentemente seria uma favela. Dois brancos vestidos como brancos, com máquina fotográfica e alguns sinais de riqueza, se outros fossem necessários para além da cor da própria pele. Não vi polícia. Não vi qualquer sinal da presença do Estado. Vi uma sociedade em auto-gestão e com capacidade para o fazer. E senti-me seguro. Comuniquei. Não corri qualquer risco.
Nós temos o Estado. Eles têm isto. E não os compreendemos se olharmos para o seu Estado que, é verdade, não existe. Não existe porque se calhar não precisa de existir. Algo que para nós é difícil de compreender.
Há vinte e cinco séculos que acreditamos na força do indivíduo (e eu acredito, sou um claro fruto do Ocidente). Mas ao mesmo tempo que acreditamos nessa força, temos medo dela. E por isso inventamos o nosso Estado. Inventámo-lo porque o poder da pessoa numa sociedade que é orgulhosamente individualista tinha de ser mitigado. Inventámo-lo, até, para conseguirmos salvar a individualidade de cada um contra o excesso de individualidade de cada outro.
E agora o que temos? Em nome da salvaguarda do indivíduo temos um Estado que o esmaga. Um Estado que, sendo assim, é a contradição da sua própria razão de ser. Um Estado que controla cada um dos nossos nanomomentos. Um Estado que nos regula a vida. E tudo sob a capa de que este controle e esta regulação servem para a salvaguarda do indivíduo.
Com este esmagamento asfixiamos as relações inter-individuais. Esmagamos a vizinhança. Esmagamos a solidariedade entre pessoas, que também essa foi nacionalizada. Esmagamos, enfim, a parte positiva daquilo que seria um tribalismo à nossa moda.
Enfim, não sei que te diga. Nem sequer sei dizer claramente o que prefiro. Não sei se prefiro os carros sem matricula que eles aí têm. Não sei se prefiro os chips que querem meter nas nossas matriculas. Não sei. Mas sei que talvez eles tenham muito a aprender connosco. Têm certamente. Mas também nós temos muito a aprender com eles. Temos certamente.
Vou terminar. Não sem antes aflorar outra questão: a da contradição da Guiné-Bissau. É que esse país não existe enquanto tal. A única coisa que o une como nação é o seu passado de colónia. Não há Guiné-Bissau sem ter havido colonização. E essa é uma contradição que eles talvez tenham dificuldade em sintetizar, talvez durante séculos… pelo menos se continuarem a existir enquanto tal.

Termino-me. Espero que recuperes bem. Eu também apanhei um problema gástrico quando aí estive… o nosso aparelho digestivo também tem dificuldade em se adaptar...

Um abraço

Luís

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Aforismos II. Van Gogh


Ao filme já o tinha visto há muitos anos. Deve ser dos sessenta, talvez setenta. Revi-o. De o ver em miúdo, uma recordação forte: o desespero, o corte da orelha. E também uma imagem: o campo com corvos e aquele tiro final.
Sai-me outro aforismo que estou em época deles. Há sadismo no apreciar da arte: deleitados na dor alheia, nasce-nos a catarse.  

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Aforismos I


Dia de aforismos, o de ontem.

A espera no Instituto faz-se esperar. “O voo do Sr. Eng. atrasou-se”, a rececionista mamalhuda. “Não sei se poderá recebê-lo, já deveria ter começado a reunião do Directório”. Lembro-me da secretária. “A señorita viajou com o engenheiro”, agora é com despeito que o rosto não contradiz. Eu, eu apenas olho as mamas. “Não faz mal, posso esperar”.

Um sofá; há muitos naquela receção. Escolho um. Dois tipos, também à espera. Reconheço-os. Televisiva gente: desses que fazem paraísos em crimes ambientais.

Ao sofá, já o escolhi: fico naquele canto, que dali vejo tudo sem que muito me vejam.

Penso em mim e no meu papel. Tantos que desempenho. Quantos eus terá o eu?

Darwin assalta-me: as espécies que sobrevivem não são as mais fortes mas as que melhor se adaptam. À frase, escrevo-a como me veio à cabeça, já não vale confirmar, que vá à wiki quem queira citação bem citada; eu não que não estou para isso. Perdeu qualquer valor, ser culto, enciclopédico. Ainda bem: que tratem de criar, os enciclopedistas. Esqueçam, se querem ser gente.

Darwin de novo: a mesma frase. Adaptar: “Ajustar uma coisa a outra, de modo que possa servir ou ser usada”. Apanhado em flagrante, eu: não escapei à tentação. Chegado a casa vou ao dicionário.

…”de modo que possa servir ou ser usada”. É isso, sobreviver, afinal: servir e ser usado. Múltiplas servidões e múltiplos usos. “Vamos soldado, tens o inimigo à tua frente”, “são bombas, senhor: vêm do céu”, “ataque na retaguarda”… múltiplas situações, múltiplos usos, múltiplas servidões.

Situação-servidão, servidão-uso, uso-situação, situação-situações, situações, situações, situações. Viva as situações, viva! A todas temos de servir: múltiplos eus. Quantos eus tem o eu?

Já cá tardava, finalmente cago aforismos: instrumento de salvação, a esquizofrenia. Os múltiplos egos para as múltiplas situações: está salva a servidão. Que nos usem todos, que todos nos usem. Vos postulo nova verdade: sois múltiplos, sois múltiplos. Aleluia, aleluia.

À noite é teatro, perfomance, assim se diz: três em nudez de seu caminhar. Depois conversa-se. Um dos eus quer falar e fala. Talvez a arte seja isso: fuga à racionalidade imposta. Dizem-nos racionais, não? Como se não fossemos gente sem essa tal. Tamanha imposição: sem lógica, nem pessoas seriamos. Abençoada arte que nos permite fugir. Fica eu para eu. Esquecemos a servidão, usámo-nos sem que nos usem.

Mas o jovem convicto diz que não. Que a arte tem de ser combate, que não se trata de estética ou transcendência. Que tem de ser real para que seja denúncia. Ou é denúncia, ou é mero deleite da burguesia. Sinto a naftalina da palavra. Podem ser bem velhos, afinal: os jovens.

Concordo com ele: sim, a arte é combate. Falta que a vida não se faz dum só e nem às mesmas servidões todos nos desajustamos, os usos. 

Luis Novais

domingo, 20 de janeiro de 2013

Bacalhau à Luis Novais


A esta receita, de inventada por mim, atrevi-me a chamar-lhe à Luís Novais. A base de partida é o célebre bacalhau com boroa e é muito simples de fazer, ainda que algo trabalhosa.
Ao das fotos, cozinhei-o graças ao amigo Fernando Santos que mo trouxe em atribulada viagem aérea, muito contrária aos costumes oceânicos da tão apreciada espécie.

1 Lombo de bacalhau
½ Kg de batatinhas pequenas
1 Cabeça de alho
1 Cebola
1 Ramo de coentros
1 Folha de louro
1 Ovo
1 Chouriço de barrancos ou toucinho fumado
Boroa de milho
Azeite, sal  e pimenta
Para as batatinhas:
1.       Faça um golpe nas batatinhas e, sem as descascar, ponha-as a cozer com sal durante apenas 5 minutos.
2.       Retire as batatas e coloque-as numa travessa de ir ao forno, com metade do alho picado, pimenta, a folha e louro, um pouco de sal fino e azeite, tudo previamente aquecido. Deixe-as assar até estarem bem alouradas, revolvendo-as de vez em quando. Quando estejam prontas, retire-as e coloque-as numa panela, colocada sobre outra com água fervente para as manter quentes

Para o bacalhau:
1.       Migue a boroa muito finamente. Misture-lhe um pouco de azeite e amasse até que esteja bem fundida. Junte-lhe pimenta, alho picado, um pouco de sal fino e os coentros bem picados. Por fim amasse tudo com o ovo previamente batido
2.       Na travessa onde assou as batatas, disponha a cebola em rodelas e a posta de bacalhau. Sobre esta, espalhe a massa de boroa que preparou anteriormente e, por cima, coloque o chouriço de barrancos em rodelas ou o bacon.
3.       Deite o azeite e leve ao forno tendo atenção para que asse sem secar. Eu costumo aquecer previamente ao lume até o azeite estalar e só depois levo ao forno.
4.       Quando o bacalhau estiver quase no ponto, junte-lhe as batatinhas e deixe assar um pouco mais. Dois minutos e… bom apetite J
PS: O bacalhau da foto é a melhor matéria prima que se pode encontrar em Portugal: o do Sr Victor do Restaurante e mercearia homónimos, em São João de Rei, Póvoa de Lanhoso.