segunda-feira, 9 de março de 2009

A CRISE FILOSÓFICA

Crise. Crise. Crise.
A palavra anda por todo o lado. As receitas? Sempre as mesmas: Incentive-se o consumo. Incentive-se o endividamento.
Mas ao mesmo tempo explica-se a crise como tendo origem no consumo não sustentado e no consequente endividamento.
Vamos curar o problema com o mesmo problema?
A crise será económica? Ou os seus reflexos económicos serão um sintoma que não uma causa?
Todas as sociedades têm a sua forma de lidar com os excedentes. Georges Bataille demonstrou-o de forma cativante em “La Parte maudite”.
A originalidade do Capitalismo é talvez uma: utilizar os excessos para produzir mais excessos.
Não será altura de considerar excessivo? Não estaremos perante uma crise filosófica antes de estarmos perante uma crise económica?
Podemos discuti-lo sem que isso seja pôr em causa o nosso tronco cultural. Não é necessário lembrar que historicamente há muito ocidente para lá do capitalismo desenfreado.

Sem comentários:

Enviar um comentário