segunda-feira, 13 de maio de 2013

CONTINUADAS AMAZONAS



Vã tentiva poesia,
de criação igualar;
de finita criatura
pés em pontas
à criadora copiar.

Poesia que seja,
em água e vento é;
em pedra e fogo está:
vida deu
vid'aquece.

Essa força que é,
que d'inerte em mistério
a vivo passa,
que d'inerte vivo faz.

E de seus frutos
gente nasce
e de gente nascida
poesia está.

Mole de água.
Despenhante montanha.
Rio qu'é mar,
a guerreira
seu nome buscar:
                AMAZONAS
De viril força mulher:
gente poesia faz.
E de tal poesia:
força bruta.

Viver!

Mistérios insondáveis;
mãe d'água,
vida,
equilíbrios constantes,
natureza em gente
que se faz retorno.
E esse mistério vida,
a quem o vê oculta,
a quem o quer mostra.

E a mim me mostrou.
E a mim me mostrou.
                AMAZONAS  

Sem comentários:

Enviar um comentário