domingo, 17 de maio de 2015

QUANDO O HOOLIGAN USA FARDA

Às imagens todos as vimos: o exterior do estádio, um pai, dois filhos e um avô. Enquanto o primeiro dá água ao mais novo e, aparentemente, o sossega, o RobotCop aproxima-se. Ao mesmo tempo, dentro e fora do dito Estádio, alguns adeptos destroem o que lhes aparece à frente. O pai continua a dar água ao mais novo, o avô assiste e o filho mais velho também. Fora desta cena, os vândalos continuam a fazer o que sabem fazer: vandalizam. E o pai a dar água ao filho. O polícia insiste com uma ordem qualquer, que o seu papel é dar ordens a quem dá de beber aos filhos, coisa bem menos arriscada do que pôr os vândalos na ordem. O pai parece alterar-se e argumenta ou insulta, não sabemos. O herói fardado não tem mais que enfiar-lhe um murro direto na cara. O avô revolta-se e leva com mais dois ou três. Seguem-se os guarda-costas do fardado, outros RobotCops, que isto não basta ter arma e cacete, é preciso quem o proteja, principalmente se destarte podem afastar-se da bem mais árdua tarefa de controlar vândalos.


Não gosto de futebol, não tenho clube, nem me emociono por ver 11 tipos a lutar por uma esfera. Para mais, tenho na memória péssimas imagens de selvajaria e hooliganismo ligadas ao desporto dito rei, que até parece ser republica o país mas reinado a bola. Sempre pensei que um estádio era um lugar perigoso e impróprio para levar um filho. Perigoso, ainda que, felizmente, bem policiado… até ver estas imagens, e perceber que afinal o hooligan usa farda, está armado e tem treino pago por todos nós.

Sem comentários:

Enviar um comentário