Sou marginal!
Mais e mais:
marginal.
Unem-se os que eram,
agora sou eu:
marginal!
E aqui onde estou
menos é mais.
Regressam,
eufóricos
Elegem-se,
eleitos
E eu?
Sentado,
calado,
Incrédulo.
parado.
“Marginal, marginal” me chamam,
eles:
os marginais,
que são corvos.
Comem carniça.
que são corvos.
Comem carniça.
Marcham e gritam.
Gritam,
marcham.
Desgarrados pedem:
sangue nosso,
nosso:
agora tidos
no que eles são.
“Marginais” somos:
pela Paz, guerra não;
pela Paz, guerra não;
Direitos, liberdade sim;
Justiça, tortura não.
Acabou?!
Não, por favor, não!
é a Hora
nossa Hora nossa.
Da fronteira que nos une,
clara fronteira clara.
Chama-nos.
"Real, real":
“À fronteira todos, todos à
fronteira”.
Mas todos.
É urgente!
é a Hora,
É Agora
Antes que tarde:
é a Hora
É Agora, é agora!
Luís Novais
Foto: Alexas
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